30.10.14

Rima em vão

Enxergo atrás de um filtro fosco, desgosto é o que sinto por quase tudo e neste antigo porta retrato figura a fotografia ja castanha de um tempo-espaço-vão As vezes me sinto feito sono já dormido bicando o chão com firmeza mas sem alcançar o corrimão andando sempre feito recuo medo vazio e escuridão Neste tempo é morno meu delírio uma vertigem constante que me faz oscilar isso porque me escapam as certezas e presa nessa gaiola nunca pude ficar Ainda que eu achasse a sincronia da saliva que a falta de palavras me retém minha raiva fica exposta no silêncio de que me tornei refém Não há rima que me cubra no mesmo calor de teus braços de antemão me despeço saudades aperto maior ainda é o cansaço

Nenhum comentário: