27.2.08

Púdico ludico

Porque o dia me exige. Porque a noite me exprime. Espreme meus desejos de sumir da realidade e permanecer vagando como a lua num navio distante. Eu navego movida pelas emoções.
Aí eu durmo. Os sonhos já não existem como eram. Pecados. A magia da luz não me completa.
Um cisnei de gesso me faz pensar a existencia humana. Esses bonecos de quintal são todos iguais. Feitos em série e colocados como obras de artes. Melhor quando parecem bregas de verdade. Não me atrai a ilusão.
Eu tentei acreditar que a beleza está na alma. Mas a alma é impura!?
Não vou omitir. Estou carente de amor. Ambiciono o amor de todas as suas formas. Ambiciono amar. Ambiciono ser amada e ambiciono acreditar. Porra. Isso tudo é uma merda.
Acho que são as novelas. Ando assistindo novelas na globo.
Imergir/ Emergir/ Imergir/ Emergir/ Existir/...
Saudades de tanta coisa. Vontade. Saudades de você.
As suas palavras que riam e melodiavam. As palavras sempre me fascinaram. Mas seu silêncio é que me seduz. Instiga. Até os ossos. Ossos do ofício. Essa é a sua feminilidade: o charme, querido. Sua leve tristeza. Encontrei a resposta.
Somos tão efêmeros quanto os momentos de felicidade que vivemos.
Eu naum quero o equilibrio e a sabedoria. Eu quero o êxtase e a ignorância.
Para tentar não te amar, se for possível.
Menina lúdica, menino púdico.