28.7.11

MEMORIAS VERMELHAS

Agora vestida com o uniforme oficial cor de sangue neste presídio solitário. As manhãs prolongadas me dao medo. A pena será longa e eu terei de cumpri-la com a cabeça erguida. Essa coisa teatral que faz parte do dia a dia. As manchas ja estao por toda a parte da roupa que nem se vê a cor exata. Do lado de fora, começa o espetáculo. E me calo frente ao copo de aguardente para conseguir subir no palco. Nao sou atriz e nunca pretendi ser. A verdade é que nao gosto de interpretaçoes. Isso vale para todos os sentidos possiveis da palavra. Mas, ainda que isso me custasse, nao haviam escolhas. Resolvi subir as escadas e cá estou buscando uma confirmaçao da platéia. É, a sinceridade me tirou os aplausos.

24.7.11

Choramos a morte quando deveriamos chorar a vida.