28.7.11

MEMORIAS VERMELHAS

Agora vestida com o uniforme oficial cor de sangue neste presídio solitário. As manhãs prolongadas me dao medo. A pena será longa e eu terei de cumpri-la com a cabeça erguida. Essa coisa teatral que faz parte do dia a dia. As manchas ja estao por toda a parte da roupa que nem se vê a cor exata. Do lado de fora, começa o espetáculo. E me calo frente ao copo de aguardente para conseguir subir no palco. Nao sou atriz e nunca pretendi ser. A verdade é que nao gosto de interpretaçoes. Isso vale para todos os sentidos possiveis da palavra. Mas, ainda que isso me custasse, nao haviam escolhas. Resolvi subir as escadas e cá estou buscando uma confirmaçao da platéia. É, a sinceridade me tirou os aplausos.

3 comentários:

João Ferreira Pelarigo disse...

Tá muito intenso. Com muita emotividade. Gosto imenso; parabéns!!

Escritos disse...

Denso... vívido em intensidade. Estarei te seguindo de agora em diante.

Anônimo disse...

Por cierto que toda gran mujer siempre debe continuar siendo uma niña. Siempre nos fue dicho que no podemos, no debemos, no somos, que deberíamos nos mantener nuestra más truísta insignificancia. En verdad, haciemos miedo a los que no amenazcam y amedrontan. No hay problema alguno que nadie creya en nosotros, que seamos rechazados, asediados, negados y preteridos. Que a todo momiento nos digan que no somos nada. El problema fulcral es cuando nosotros mismos comenzamos a creer en esto. Yo no veo la Juana Dobro como una “niña sin estrella”, pero como la magnífica Antares que siquiera sospecha de la propia grandeza. Si nadie le dice esto, entonces, yo ahora lo digo: si le falta una referencia norteadora, no es tanto de la circunstancialidad que queda a su entorno, pero aquello que está en usted misma, su magnitud, su riqueza y para usar una expresión francesa que queda tan bien a usted su “sprit de finesse”. CLÉVERSON ISRAEL MINIKOVSKY