17.9.08

À sua presença

“Vixi Maria como eu precisava ouvir isso”. Ela sentiu os dedos do pianista em cada nota que soava em seu ouvido. Bela música. Mais uma vez bela. Você sabe usar as palavras assim como as notas e compor essa melodia. Que de hora em hora cruza minha vida e me deixa feliz. Cadáveres putrefatos. Possivelmente, isto é, muito provavelmente. Dançamos a vida. E em vastos momentos nos damos às mãos. Nem os duplos calmantes que escondem as mentiras nos tornam menos sensíveis à luz do dia. Somos o que somos o que queríamos e o que deveríamos ser. Sensiveis. Sinceros e belos. Por isso lastimamos tanto. Quanto ao futuro? Não me preocupa. Preocupa-me esse passado mal passado. Sangra a carne vermelha de sangue. Acho que gosto das coisas assim. Só vou evitar a carne excessiva. Dar mordidas menores. Agora me lembro do mordida: “você deixou saudades, por aqui”. “Uma flor em pedaços, no jardim”.
Eu não tenho mais lágrimas, mas ainda tenho a presença. Gosto disso, acho. Tem que ser homem mesmo. Embora sejam raras as ocasiões que consegui. A presença é a autenticidade. Coisa rara meu querido amigo. Nós a temos e temos de sobra. Alguién quiere? OÔôôôÔ. É facil ter. Difícil é ter.
Estamos aqui pro que der e vier. O carinho nunca será ausente. Nem presente. Nem lembrança. É real e não é coletivo. Eita. Sempre assim. É sempre igual. Tudo não passa de passado. Tudo só fica se for lembrança. Felicidade é utopia. No no no alegria.
Uma piscadinha pra tu.

Esta é uma nota de agradecimento.

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