8.9.08

Só isso

Eu temo o fim. O fim é como a morte. Sempre inexplicavel. E o meu reflexo volta a ser meu eu refletido. Já não darei um falso futuro a cada vislumbre de instantes. Partirei para o meu interior numa excursão de eus que andam vagando sem direção. Juntei-os todos e vamos passear nessa alma mórbida que compõe o meu ser. Eu não me sinto triste. A tristeza já passou. Não me sinto alegre. Me sinto aliviada. Não mereço ter. Mereço ser e devo fazer isso mais bem feito. No never posses. É que confundo as coisas e quando vejo, eu erro, mas erro com intençao de acertar. Me culparia se não fosse assim. Ora não me culpo por tentar. Eu temo o fim, mas ele chega finalmente e para de ensaiar. Agora tem platéia. Platéia que aplaudirá muito. Isso é gratificante para um ator. Um ator na arte de atuar na vida. E os ultimos passos se fazem dança. Se não emocionou, talvez é porque não tenha valido nada. Eu me despeço com lágrimas e guardo comigo a verdade, na qual quase ninguem pode acreditar. Porque só são mentirosos para a vida aqueles que carregam nela a verdade. Eu queria iniciar e quebrar o enigma das coisas. Mas a força não estava na mão, estava apenas nos dedos. Leve-os contigo. Eu agora sou só e assim quero ser. Afastem-se todos. Não há mais valor.

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