17.5.08
Ontem
Esfreguei os olhos remelosos. Eram 7 horas da manhã. Não queria ver a luz. Mas não tive escolha. Acho que já devem estar desconfiados de mim. Ninguém pode representar a vida toda. Talvez sim. Faço por engolir essas observações. Que fique claro, então. Assim convenço, parcialmente. Basta-me. O fato é que hoje eu não queria acordar. Prolonguei o pensamento e não consegui nem sequer tomar meu café diário matinal. Arranquei os dentes da ponta do cigarro. Até o fumo me consumia. Nada. Eu não queria nada. E me sobrou à responsabilidade, a rotina e a dor. Confesso que ando exausta de ser triste. Não que tenha gosto pela felicidade. Tenho outros objetivos. Só que o problema era mais profundo. Descia nas veias, percorria os ossos e ficava impregnado na pele como um parasita incontrolável que me tirara o entusiasmo. O entusiasmo não tem nada haver com meu caráter. Embora você pense assim. Momento crítico. O pânico me domina. Tento recapitular os acontecimentos não achar razões. Não dá. O cérebro já está por demais fatigado. Estou gripada e não paro de assuar o nariz. Nunca tinha pensado em tal coisa. O que deve ser bom ou mal para mim. Tomo o que me aparece no caminho e faço disso o melhor uso. Não cultivo tais pessoas deliberadamente. Confesso que elas me atraem. Mas eu também sou por elas atraído. Sei de uma coisa. Não podemos contar com as pessoas. Triste. Estou triste. O olhar concentrado não trás respostas. Ponho-me a trabalhar. Até posso dar gargalhadas. Voluntárias. Espero o dia.
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Um comentário:
A uma menina sem estrela
desejo apenas
todas as estrelas do universo !
bjz.
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