19.3.08

Been thinking of you

Sonhos asfixiados. Por oras e horas escolhemos o silêncio.

O que realmente me motivou a ir foram 3 grilos verdes. Superstições. A experiência sempre serve apenas para invalidar o dogma. Os pólos não se atraem, se repelem. E as coisas não são, acontecem.
Eu já o desejava muito antes. Nem mesmo o conhecia. Nem lembranças físicas. Uma indução. Isso. E ele estava lá no meio de tantas outras pessoas. Conversava. Sorria. Comandava. Eram todos seus amigos. Aprisionados com imagens e lembranças do passado.

O desejo efêmero fascina a menina-mulher. Minuto. Segredo. Seus movimentos oscilam.

Esbarravam-se. Quase diferentes. Possuem um fio de ligação que por instantes se rompe e volta a se ligar rapidinho. Ciclos humanos.

Até aí a ocasião não os havia favorecido juntos. Talvez individualmente. O fogo já não era mais certeiro.
Mas as histórias com final (sejam eles felizes ou tristes) não são as melhores. Nunca serão.

E aí num salto no escuro subimos à tona. E assim se segue.

Ah, o mar é imenso mesmo. A conquista sempre me fascinou.

Por ser um risco. A consciência precisa de nossos limites gera um conflito na carne humana. Tesão.

Há na paixão alguma coisa da solidão. Você sabe disso meu querido.

Quando o mundo é mais do que podemos imaginar ele sempre acaba parecendo superior a nós. Eis a maravilha da vida. Ou não.

Tremo trêmula. E tu tremes tremido.

Não quero deixar todas essas palavras soltas e sem conexão íntima. Vou tentar seguir o texto de forma mais coesa e com os pés na pontinha para não invadir sua obscuridade. Eu ergo a cabeça e observo a lua. Suas noites. Meus sonhos. No desejo do riso e do choro nos entrelaçamos no mesmo gozo-prazer. Para depois desencontrarmo-nos. Nossas casas são vazias. Quase nunca habitáveis. Por humanos. Apenas por personagens. Vou tentar ser mais imparcial para não avançar por oceanos que podem se transformar em trevas. Eu sou, sem ter consciência disso, uma armadilha. Aí encontro seus lábios e estou preste a beijá-los. Periclitante. Segredo. “Uma tensão na corda de violino” se estende até o dia seguinte. Numa irrealidade de desejos que tampouco desconhecemos. O tempo é indefinível. E no final nunca temos forças. Apenas seguimos adiante. Como se inventássemos um ao outro. Simplesmente nus. E juntos nos calamos, quando devemos nos calar. E nascemos novamente para nós. Coisa que não perturba. Uma linguagem muda.

Harmonia. Pressinto o instante. Acompanho o ritmo do tempo. E escuto tudo mais uma vez. Para ver se atinjo as mesmas sensações.

Você me torna varios segundos feliz.

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