No fundo do meu peito, dorme um verso.
É feito de visões, contradições,
desesperanças, sonhos, sins, senões.
Nele cabem tu, eu, mais o universo.
Se te abro o coração, em dor imerso,
então já não converso – oh emoções! -
mas transfiro minh’alma e orações
ao deus que, em ti presente, eu conservo.
É que a beleza vive pelo amor,
pois só por ele unem-se os extremos,
diluem-se mazelas, picuinhas
e faz com que o espírito, senhor
dos sentidos, almeje os bens supremos
e escreva certo pelas tortas linhas!
antonio thadeu wojciechowski
4.4.12
2.4.12
Labirinto
Em veneno me atiro em ti
para beber sem sede
até o interím deste inverno
onde os casacos de pele
nos cobrirão pálidos
entre os tumulos que nos afastam
São cinco os sentidos
sinto sempre o seu pulsar
o sangue da sua masculinidade
o sorriso intermitente
Soslaio, brilho e tragédia
As crianças completaram o quadro
do artista que sobre o ombro
vergava lua escura da noite
Sempre a esperar
Assim espero
sua boca acariciar meus seios
e te dou ouro
mesmo sabendo
que sua fome é de pão
Se falo amor
eu me ajoelho à morte
desmascarando o prazer
que em mim
também é dor
para beber sem sede
até o interím deste inverno
onde os casacos de pele
nos cobrirão pálidos
entre os tumulos que nos afastam
São cinco os sentidos
sinto sempre o seu pulsar
o sangue da sua masculinidade
o sorriso intermitente
Soslaio, brilho e tragédia
As crianças completaram o quadro
do artista que sobre o ombro
vergava lua escura da noite
Sempre a esperar
Assim espero
sua boca acariciar meus seios
e te dou ouro
mesmo sabendo
que sua fome é de pão
Se falo amor
eu me ajoelho à morte
desmascarando o prazer
que em mim
também é dor
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