7.11.07

Sem estrelas...

E às vezes até perguntava a ele: “Você me ama?” Ouvia um sim quase mudo. Não era de vergonha. É porque não amava mesmo.
Acho graça nas pessoas. Inclusive eu. Aí eu fumo um cigarro e fico pensando. Gosto de surpresas. As coisas só acontecem pra mim em forma de surpresa. Como se fosse inevitável. Fui surpreendida com você. Depois me surpreendi novamente quando te conheci. Nem sempre surpresas agradáveis. Mas eu gosto das agradáveis, é claro.
Minha filha me surpreende todos os dias. Ela é fantástica. Queria ser ela várias vezes ao dia. Indestrutível. Que amor louco é esse de mãe.
Voltando ao principio eu te amo. Amo que nem atriz de cinema, amor de teatro. Assim a dor também é de mentirinha. Superficial. Só vale como descoberta. “O poeta é um fingidor/ Finge tão completamente/ Que chega a fingir que é dor/ A dor que deveras sente”. Só não entendo porque ferir tanto. Hahahaha. Sou uma abestalhada. Odeio os derrotados. É por isso que te amo. De mentirinha.
Ohhh! Nem foi um orgasmo seu tolo! Eu inventei tudo. Mas quase acreditei... Não sei mesmo.

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