Às vezes ficamos impotentes diante de nossos próprios sentimentos. Parecemos crianças perdidas na própria ingenuidade dos pensamentos. E somos. Somos imbecis se agirmos pela razão. Somos imbecis se agimos pelo coração.
“Auto-crítica camarada”, dizia uma amigo meu.
Então esperamos. Esperamos o tempo. As pessoas. Uma atitude alheia. É mais fácil assim. Mas e o caráter? O que é caráter? Ter uma única personalidade, ser forte e seguro? Silenciar-se? Ninguém jamais poderia. Acho.
“Auto-crítica camarada”, repito-me diariamente.
O que é certo? Talvez o certo no mundo de hoje seja desprover-se dos sentimentos e viver fechado, como um mentiroso. Fingindo ser. Fugindo. A recusa do medo.
“Auto-crítica camarada”, penso e insisto. Mas continuo sem existir.
Sonhei que era diferente. Que poderia ser diferente. Acreditei. Mas preferi não ousar. Fiquei com medo que esse não fosse o caminho. Que caminho? Há felicidade?
“Auto-crítica camarada”, tentei.
Nós somos otimistas. Eu acho que sim. Precisamos nos questionar algumas vezes. Temos que viver intensamente. Então teremos que sofrer e ser felizes intensamente. Só não quero conselhos. Busco-os, mas não os quero. Queria apenas seguir meu destino com a certeza de estar seguindo-o. Tranqüila com as minhas decisões. Sem interrupções.
Mas somos todos impotentes. Impotentes na alma.
Chega!!! Vou pagar pra ver!!!!
26.6.06
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