9.2.06

Às meninas com estrelas


Este é o primeiro texto que deixo aqui neste mundo virtual. Dedico todas essas palavras às bonecas. As meninas com estrelas. Já sonhei em ser como vocês. Se pudesse começar tudo novamente, talvez seria. Mas não quero ficar lastimando. As coisas são e pronto. Eu não tenho estrelas, mas tenho o silêncio. Embora pesado, ele tem seu valor.
Bonecas não erram. São infláveis. Não são humanas. Ou serão?
Eu acredito na pureza. Mas meu sangue escorre grosso de ódio pelas minhas veias. É como se eu acompanhasse sua trajetória e deixasse com que minha vida descrevesse labirintos. Sem saídas. Símbolos mitológicos que me fazem: ora ser, ora não saber o que seria. O que seria se existissem verdades, ou apenas sonhos. Ou ainda, Peter Pan. Lendas vivas.
Eu não sou uma boneca. Eu errei. Muitas vezes. Ainda não sou uma mulher, muito menos a menina. Até a menina deixei de ser. Sem futuro, sem passado. Ultima tentativa. Uma vida. Eu tenho uma vida. Não sinto mais culpa de nada.

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