7.10.09
Na academia com Madonna
Uma história verdadeira de tempos fabulosos. Eu bati na janela errada. Naquela casa obscurecida por densas trepadeiras. Vi um sorriso do outro lado. Precisávamos tanto um do outro que eu pude sentir um respiro de alívio entre seus dentes brancos e fracos. Sempre me permiti o acaso, por isso ele sempre me contemplou. E não há sentimento mais sublime que o da amizade. O homem da janela me fascina porque me ajuda a subir essa escada vacilante que nos traz um aconchego no final do dia. Nós que já percorremos os esgotos mais imundos desse mundo suburbano nos encontramos na superfície imaginária da vida. Os dois estavam sem meias no meio da multidão, por isso se compreendiam tão bem. Enquanto as suas se encharcavam, as minhas já nem mais existiam. Momentos-instantes que nos fazem únicos e parecidos. Que dia é hoje? 6 ou 7. 8? Não importa. Vamos comemorar duplamente. Tem coisas que acontecem uma vez na vida, e outras uma vez no ano. Está ficando velho demais para dormir paciente sob o sono que se move lento. Chegará onde quiser, eu afirmo. Vamos inventar outros capítulos. E Deus é testemunha que nós não sabíamos o que procurávamos nesse bosque. Nem queremos saber o motivo. Apenas sentir o recurso de que podemos dar esse grito. Tranqüilizou-nos. Ganhei um presente, e o retibuo. – Feliz aniversário, lhe digo, meu Amigo.
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